Os vieses inconscientes de gênero são reproduzidos em larga escala pela Inteligência Artificial (IA), de modo a ameaçar anos de avanços do movimento feminista. Propõe-se a observar como esses vieses vêm sendo observados na IA, tal como explorar os fatores que impulsionam essa discriminação, que envolvem aspectos como: a falta de representatividade na equipe de desenvolvimento, nos dados coletados e na amostragem de teste. A discussão aborda os estereótipos de gênero, focando primordialmente nos estereótipos que repercutem no mercado de trabalho da tecnologia e que impedem que a representatividade se concretize no que diz respeito à equipe e, consequentemente, aos(às) consumidores(as) dos serviços prestados. Além disso, faz-se uma breve análise de instrumentos jurídicos internacionais para a compreensão de como a discriminação de gênero reproduzida pela Inteligência Artificial vem sendo abordada em outros Estados e pelos demais sujeitos e atores internacionais. Utiliza-se desse comparativo internacional e da bibliografia coletada para analisar odesenvolvimento da legislação relacionada à IA no contexto brasileiro, a qual ainda se encontra em fase de desenvolvimento e votação no Congresso Nacional. Para atingir as conclusões, a pesquisa valeu-se do método dedutivo e utilizou a metodologia bibliográfica e documental, tendo como principal fonte artigos os documentos internacionais produzidos com relação a temática.