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Introdução: A paralisia cerebral (PC) é um distúrbio permanente de ordem não progressiva e comprometimento primário no desenvolvimento motor. Os programas de atendimento a esse público geralmente são centrados na infância e adolescência, sendo necessário um planejamento voltado às ações públicas para que esse grupo de pessoas possa alcançar sua autonomia e realização pessoal na vida adulta. A pandemia do COVID-19 nos anos 2020/2021 impôs o distanciamento social e os teleatendimentos, afetando a rotina e o planejamento terapêutico e pessoal dessas pessoas, em busca da autonomia. Foi objetivo do estudo compreender quais foram as estratégias de enfrentamento de um grupo de adultos com PC diante dessas restrições e quais as suas perspectivas para o futuro. Método: Participaram vinte e um adultos com PC, que foram convidados por meio das redes sociais a participar do estudo. Todos responderam a um questionário eletrônico via google forms. Resultados: Foram criadas cinco categorias de análise: informações pessoais e composição familiar; terapias e relacionamentos; vida adulta; estratégias de enfrentamento da pandemia e depoimento livre. Notou-se que a pandemia trouxe um momento de dificuldade, medos e enfrentamentos, ocasionando limitações para as situações de inclusão e crescimento pessoal. Os entrevistados referiram mudanças em suas rotinas, revelaram sentir falta das terapias e demais atividades sociais, apesar da adesão ao teleatendimento e maior participação da família. Considerações Finais: o grupo estudado mostrou um olhar positivo e de superação deste momento pandêmico, apesar das dificuldades enfrentadas com os atendimentos, e da diminuição de oportunidades de convívio social e a autonomia