Última alteração: 2021-07-16
Resumo
RESUMO
Introdução: O processo de reestruturação produtiva acentua a sobrecarga musculoesquelética em trabalhadores, gerando lesões como a STC. Investigar e quantificar a ocorrência dessas lesões é primordial para que medidas que visem prevenir e minimizar os impactos sejam criadas. Objetivo: Verificar a prevalência da sintomatologia da Síndrome do Túnel do Carpo em trabalhadores gráficos, e sua possível relação com fatores sociodemográficos e ocupacionais. Método: Foi realizado um estudo epidemiológico transversal com cem funcionários da área da produção de uma indústria gráfica. Os dados foram coletados por meio de uma ficha para a caracterização sociodemográfica e ocupacional, e dois questionários autoaplicáveis, o Nórdico e o Boston Carpal Tunnel. Resultados: De acordo com o Nórdico nos últimos 12 meses e 7 dias a região com maior prevalência de queixa foi punhos/mãos/dedos com 56%. Destes, 93% necessitaram evitar atividades nos últimos 12 meses e todos relacionam a queixa ao trabalho. Os resultados obtidos pelo Boston confirmaram a sintomatologia da STC nos 56 funcionários que relataram queixa no Nórdico, sendo a dor noturna e o formigamento os mais frequentes. Foi observada relação entre a prevalência da STC e as variáveis sexo (p=0,01), idade (p=0,03), tempo de serviço (p=0,015). Conclusão: Considerando a alta prevalência da sintomatologia da STC na categoria analisada e suas inúmeras consequências, medidas que visem a prevenção e empoderamento das empresas e funcionários são fundamentais, visando ganhos mútuos.
Palavras-chave: síndrome do túnel do carpo, manifestações clínicas, saúde do trabalhador.