Este trabalho tem como finalidade investigar edifícios do padrão de escola Fundação do Desenvolvimento da Educação (FDE) do ponto de vista térmico e lumínico a fim de relacionar a proporção de área envidraçada e opaca (window-to-wall ratio) com o desconforto térmico e consumo energético. Foram selecionados três estudos de caso do padrão FDE no estado de São Paulo, nas quais foram feitas simulações computacionais de ganho solar (solar gains) no software Rhinoceros + LadyBug e simulações de iluminância nos interiores das salas de aulas no software ReluxPro, além de análises de transmitância de calor nos materiais da envoltória dos edifícios. Os resultados mostraram que aberturas estratégicas tem a capacidade de trazer iluminação natural para o interior, fazendo com que o gasto energético de iluminações artificiais seja reduzido. Em contrapartida, traz a possibilidade de um ganho solar maior, causando aumento nas temperaturas internas. Evidencia-se, portanto, a importância do fator window-to-wall ratio que promove um entremeio nessas dualidades. Constatou-se, por fim, a necessidade de pesquisas mais aprofundadas que possam desenvolver mais o objetivo de traçar diretrizes de conforto térmico para as escolas FDE.