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Direitos Humanos e Direitos das Mulheres Afegãs: um pleonasmo ou um paradoxo?
Última alteração: 2023-12-19
Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar as narrativas jornalísticas no que diz respeito ao tema de direitos humanos das mulheres no Afeganistão, assim como identificar se há divergências entre a Declaração Universal de Direitos Humanos (DUDH) e a Declaração do Cairo sobre Direitos Humanos no Islã que as tornem incompatíveis. Para tanto, foi feito levantamento bibliográfico sobre as vertentes universalista e relativista dos direitos humanos, assim como pesquisa empírica tendo como base as matérias jornalísticas veiculadas em meios de comunicação de diferentes antecedentes histórico-culturais, o “The New York Times”, que representa a visão de uma potência imperialista e ocidental, a estadunidense; o “Estadão”, exprimindo um ponto de vista marginal ao conflito, de uma Nação também ocidental, porém do sul global; e, por fim, o “Al Jazeera”, como representante de um pensamento anti-imperialista e oriental. No curso da análise de tais narrativas, criou-se as categorias (a) direitos humanos das mulheres à educação, trabalho e locomoção; (b) retratos das personagens: Estados Unidos, mulheres afegãs e Talibã; e (c) elementos culturais e cenário do Afeganistão. Conclui-se a análise por meio da comparação entre os dispositivos da Declaração Universal de Direitos Humanos e Declaração do Cairo. Em síntese, será discutida a possibilidade de coexistência entre direitos humanos e relativismos culturais.
Palavras-chave
Direitos Humanos. Mulheres afegãs. Universalismo.
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