Última alteração: 2023-11-29
Resumo
No contexto pós-moderno, o sujeito se depara com a angústia de não conseguir vislumbrar certezas claras e um futuro concreto na sociedade contemporânea. O sujeito pós-moderno busca refúgio em modelos que aparentem uma maior solidez. Nesse cenário, o cinema de Stanley Kubrick, em especial a obra Laranja Mecânica, torna-se um reflexo destes sintomas, incorporando a simetria como um elemento visual que dialoga com os estudos semiológicos de Ferdinand Saussure, além da abordagem semiótica/intertextual de Roland Barthes. Este artigo tem como propósito analisar as relações intertextuais e a estética pós-moderna na obra selecionada. Para concretizar essa análise, o estudo se apoia em uma abordagem teórica, exploratória e analítica, ancorada nos estudos de intertextualidade de Roland Barthes, bem como nos métodos semiológicos propostos por Ferdinand de Saussure e Gemma Penn. A investigação também busca entender como a simetria e referências presentes na obra de Kubrick dialogam com os conceitos semióticos e intertextuais, proporcionando uma compreensão mais profunda da estética e dos significados subjacentes à adaptação cinematográfica de Laranja Mecânica.