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Durante a pandemia da COVID-19, medidas de segurança contra a propagação do vírus foram adotadas, como o fechamento das escolas e adesão ao ensino remoto, fatores que pode ter afetado 1,5 bilhões de estudantes, principalmente em vulnerabilidade social. Sendo a escola fundamental ao desenvolvimento, é importante considerar que as crianças em idade escolar estiveram em um contexto de redução da interação social e diminuição da estimulação adequada, o que podem afetar o desenvolvimento cognitivo, além de aspectos sociodemográficos e acesso as ferramentas necessárias para o estudo remoto. O presente estudo objetivou descrever o perfil neuropsicológico das crianças e o perfil de dificuldades cognitivas com base no relato de pais e professores; verificar associação entre os dados sociodemográficos, o acesso a atividades escolares durante a pandemia e o funcionamento cognitivo das crianças; e verificar concordância entre pais e professores sobre as dificuldades cognitivas dos alunos e o desempenho testes neuropsicológicos. Avaliou-se 20 crianças de uma escola pública de um município de São Paulo, após o retorno presencial, a avaliação foi feita pelo NEUPSILIN-INF (funções cognitivas - crianças), RAVEN (inteligência não verbal), nível sociodemográfico e IRDC (dificuldades cognitivas - relato de pais e docentes). A partir dos resultados, foi observado que maioria das crianças retornaram com as habilidades de orientação, atenção, memória, linguagem, aritmética e funções executivas prejudicadas. Dessa forma, há uma necessidade de estudos futuros focados em intervenções para recuperação das habilidades, assim como políticas públicas voltadas a elaboração de projetos que busquem a minimização dos prejuízos ocasionados ao desenvolvimento.

Perfil Cognitivo, Estudantes, COVID-19