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A pandemia de COVID-19 desencadeou uma série de consequências abrangentes nas esferas física, social, econômica, emocional e cultural das pessoas. Uma das mais alarmantes implicações foi o impacto no atendimento a indivíduos que enfrentam doenças crônicas. Isso ocorreu, principalmente, devido às medidas de isolamento social implementadas para conter a disseminação do SARS-CoV-2. Para entender melhor os desafios enfrentados, um estudo foi realizado nas imediações da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde pacientes com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) participaram de uma pesquisa de campo. Por meio de questionários, esses pacientes relataram suas maiores dificuldades durante a pandemia. A análise dos dados obtidos revelou tendências significativas. Embora a escassez de medicamentos tenha sido limitada, a principal dificuldade enfrentada pelos pacientes estava relacionada à marcar de consultas médicas. Essa dificuldade resultou em agravamento das DCNT, notadamente a hipertensão. O estudo destacou a maneira como o acesso reduzido aos serviços médicos impactou negativamente o controle das doenças existentes. O trabalho ressalta a importância de compreender os efeitos colaterais da pandemia, que vão além da própria COVID-19. Ao identificar os desafios enfrentados pelos pacientes com DCNT, a pesquisa reforça a necessidade de desenvolver estratégias para garantir o acesso contínuo a cuidados médicos, mesmo em períodos de crise sanitária. Essas conclusões são fundamentais para orientar políticas públicas e aprimorar os sistemas de saúde, de modo a minimizar os impactos adversos nas condições de saúde crônicas durante situações semelhantes no futuro.