A violência obstétrica pode ocorrer em todo o contexto da assistência à gestação, parto, pós-parto e abortamento, caracterizando-se por agressões físicas, psicológicas, sexuais, assim como pela negligência na assistência e pela discriminação cometida por profissionais da área da saúde. O presente estudo teve como objetivo investigar os possíveis impactos psicológicos decorrentes da violência obstétrica sofrida por mulheres durante o ciclo gravido-puerperal. A metodologia selecionada foi a revisão bibliográfica de artigos científicos nacionais publicados nos últimos vinte anos no portal do periódico CAPES e Google Acadêmico, inicialmente foram identificados 22 artigos que, após critérios de exclusão, resultaram em 9 estudos que foram analisados e contemplados em quatro categorias, sendo elas: Violência Obstétrica Institucional; Modelo Tecnocrático; Vínculo Inicial; Sofrimento Psíquico. Para a análise dos artigos selecionados, utilizou-se a técnica de análise temática de conteúdo. Constatou-se que a violência obstétrica ocasiona impactos psicológicos e podem acarretar no desenvolvimento de depressão pós-parto, além de afetar o vínculo inicial entre mãe-bebê e na percepção materna sobre a vivência de dar à luz. Neste contexto, a Psicologia possui papel de extrema importância tanto para prevenção da violência obstétrica quanto para o suporte e manejo as vítimas, promovendo o fortalecimento das parturientes, de suas redes de apoios e promovendo reflexões frente ao modelo médico vigente e suas condutas profissionais.