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Parte da adaptação que a população ribeirinha amazônica enfrentou foi referente ao morar. Habitar em áreas que passam grande parte do tempo alagadas, produzem três tipos de solução: casas apoiadas sobre o solo em regiões mais altas, casas palafitas e casas flutuantes. Para abordar a questão da casa ribeirinha sobre águas, o trabalho baseia-se na delimitação de três pontos, sendo eles: a paisagem, o ribeirinho e a habitação. Permeando esses pontos busca-se conectar arquitetura e cultura através da relação dos aspectos da vida do habitante ribeirinho ao uso e produção do espaço, considerando seus costumes e tradições. A intenção de partir desses temas é evidenciar a interação morador, casa e ambiente através da arquitetura e cultura. A forma que a cultura se expressa arquitetonicamente fica explícita quando percebemos que tanto na construção do espaço quanto no seu uso, os saberes adquiridos de geração em geração se fazem presentes. O objetivo deste trabalho é compreender o modo que o ribeirinho usufrui do espaço de moradia e como se dá essa relação com a paisagem, no sentido do habitat e sazonalidade do rio. Espera-se evidenciar vínculos entre arquitetura e cultura dentro desse contexto, usando como base material audiovisual e literatura para elaboração da revisão bibliográfica. Pode-se perceber a relação da cultura do homem ribeirinho com a arquitetura, através do uso e produção do espaço na paisagem amazônica, considerando seus saberes tradicionais.

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