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O SENTIMENTO DO ABSURDO DIANTE DE UM MUNDO SEM SENTIDO: UMA ANÁLISE DA OBRA O ESTRANGEIRO
Última alteração: 2019-12-06
Resumo
Este artigo analisou como a forma narrativa do romance O Estrangeiro de Albert Camus provoca o sentimento do absurdo no leitor. Para atingir esse objetivo, foi utilizado o método objetivo-analítico desenvolvido por Lev Vigotski. Esse método consiste em analisar como a estrutura, os elementos e a dinâmica da narrativa são organizados pelo artista para produzir uma reação estética. Com isso, buscamos fragmentar a obra com o intuito de retirar seus elementos relevantes e, em seguida, estruturá-los e relacioná-los para estabelecer a dinâmica da narrativa. Podemos observar que um elemento marcante e constante da obra é o conflito entre o protagonista, Mersault, e a sua comunidade, manifestado de diversas maneiras durante a obra. Como esse conflito apresenta diferenças nas partes da narrativa, a presente análise foi dividida nas duas partes que Albert Camus dividiu a obra. Para fundamentar teoricamente o conflito estabelecido, foram utilizados os conceitos de “absurdo” de Albert Camus e de “cotidiano” de Agnes Heller como categorias de análise de O Estrangeiro. Assim, a dinâmica do conflito entre as ações absurdas de Mersault e os costumes e normas cotidianas de sua comunidade é responsável por produzir um sentimento de estranheza e mal-estar, ou seja, o sentimento do absurdo no leitor.
Palavras-chave
Psicologia da Arte; O Estrangeiro; absurdo
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