Última alteração: 2019-12-10
Resumo
Existe uma longa tradição no Brasil de que as instituições políticas moldam as econômicas e que as relações patrimonialistas caracterizam os negócios mais rentáveis do país. Atualmente, a sociedade se encontra no centro de discussões a respeito da participação do Estado na economia, uma vez que inúmeros escândalos de corrupção envolvendo empresas privadas e instituições políticas vieram à tona nos últimos anos. Tendo como foco tais relações político-econômicas, o presente artigo tem como objetivo verificar a aplicabilidade da Teoria da Escolha Pública (TEP) com insights da Escola Austríaca de Economia (EA) na investigação dos casos de compadrio envolvendo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social) e as empresas JBS e Odebrecht. Sendo um tema em efervescência no país e, muitas vezes, discutido de forma puramente partidária, a pesquisa tem o objetivo de se ater aos pensamentos dos autores das escolas selecionadas para a análise e discussão dos casos que serão investigados. Além do estudo de obras dos pensadores principais da Teoria da Escolha Pública e da Escola Austríaca de Economia, o artigo apresenta também uma série de dados disponibilizados pelo judiciário, pelo BNDES e pelas empresas JBS e Odebrecht a fim de constituir um embasamento sólido para a pesquisa.