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João Artacho Jurado e a Composição Geométrica de Elementos de Fachada e Interiores do Edifício Cinderela
Última alteração: 2019-12-13
Resumo
A cidade de São Paulo passava por radicais transformações entre as décadas de 1940 e 1960, caracterizadas por uma significativa explosão demográfica e um rápido crescimento do setor industrial, com diversas atualizações tecnológicas. João Artacho Jurado surge nesse cenário como um incorporador dono de uma pequena construtora, atuando na cidade com projetos pertinentes ao gosto do mercado; desobedecendo, todavia, aos catedráticos modernos. Nesta pesquisa, far-se-á uma análise geométrica de determinados elementos de fachada e interiores do Edifício Cinderela, recorrentes na arquitetura de Jurado, dentre eles cobogós e guarda corpos, explorando simbolicamente o tema do elemento vazado, e as críticas direcionadas a Jurado. Será estudada a composição geométrica dos elementos em questão, verificando se há alguma intenção objetiva de desenho ou fator de proporção regulador que demonstre um conhecimento e técnica do arquiteto, além de investigar outras influências que puderam motivar os desenhos de tais elementos, baseando-se também na experiência in loco. A pesquisa, ao verificar as intenções de desenho, demonstra uma consciência projetual do arquiteto, indo defronte à ideia de subversão total de Jurado; ademais, incentiva a utilização de novas tecnologias de parametrização como instrumento de pesquisa, a qual torna tangível os componentes estudados. Em um aspecto histórico, investiga o contexto da arquitetura paulistana na qual Jurado se fez presente; acima de tudo, produz material base para pesquisas relacionadas tanto ao empreendedor, quanto ao uso de novas tecnologias.
Palavras-chave
João Artacho Jurado; elemento vazado; prototipagem rápida.
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