Programa Institucional de Iniciação Científica - ISSN 2526-4699, XV Jornada de Iniciação Científica e IX Mostra de Iniciação Tecnológica - 2019

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Mulher, cárcere e violência obstétrica
Isabella Gonçalves de Lima, Bruna Angotti Batista de Andrade

Última alteração: 2020-01-08

Resumo


O presente artigo aborda a situação da mulher grávida dentro dos espaços prisionais à luz da violência obstétrica. A pesquisa tem por objetivo analisar a mulher durante as fases da gestação, parto e puerpério identificando as violações que esta sofre durante esse processo. Para tanto, será analisado o tema da violência obstétrica de forma isolada, traçando o desenvolvimento histórico-cultural, e identificando as principais motivações da institucionalização da violência e as formas como são apresentadas. Identificado tais pontos, observar-se-á a realidade da mulher em contexto de cárcere, apontando o porquê da sua condição de extrema vulnerabilidade social, demonstrando o impacto na vida dessas mulheres quanto às diversas formas de violência obstétrica. Estabelecidos esses entendimentos a presente pesquisa ainda apresenta o resultado do HC Coletivo de número 143641, que permite a substituição da prisão preventiva para prisão domiciliar, que gerou grande repercussão na vida das mulheres presas. Toda a pesquisa será pautada sob a perspectiva de gênero, e se submeterá a teoria da discriminação, tendo como ênfase as discriminações institucionais e interseccionais. Esse trabalho foi desenvolvido por intermédio de pesquisa bibliográfica, a qual possibilitou a conclusão de que as mulheres estão mais expostas a diversas formas de violências, ainda se comparado com mulheres que possuem os mesmos estereótipos descritivos e estão extramuros, em razão da deslegitimação que sofre no exercício da maternidade, motivo pelo qual mantê-las nos espaços prisionais é assumir que seus direitos serão violados.


Palavras-chave


Violência obstétrica. Prisão domiciliar. Mulher presa.

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