Tamanho da fonte: 

O repertório comportamental humano é constituído a partir da relação do indivíduo com o ambiente, e a cultura é um dos fatores de seleção do comportamento humano. Apesar das propostas de Skinner que defendem a relevância do behaviorismo para compreensão da cultura, os cientistas comportamentais defendem que a Análise do Comportamento ainda precisa avançar nos estudos sociais. Assim, o presente artigo busca discorrer sobre o conceito “estereótipos” sob a ótica behaviorista, defender a relevância do comprometimento dos cientistas comportamentais na compreensão das práticas culturais de opressão e na proposição de estratégias de transformação dessas práticas. Reconhecemos os estereótipos como parte de um sistema de crenças que justificam e manutencionam as relações de opressão entre os grupos sociais, sendo um aviso prático sobre os sujeitos. Além disso, compreendemos que o estereótipo é reforçado socialmente e controla o comportamento dos indivíduos. Os estereótipos são regras normativas, que descrevem as possíveis contingências e são definidos a partir de relações derivadas entre estímulos. Observou-se o potencial da Análise do Comportamento na compreensão do fenômeno, assim como em possíveis intervenções que transformem a função dos estereótipos. Ou seja, destaca-se a potencialidade da área em compreender e lidar com problemas humanos complexos, tal qual o preconceito e as relações de opressão.

estereótipos; análise do comportamento; paradigma da equivalência de estímulos