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MARCAS DO NEW JOURNALISM NAS CRÔNICAS-REPORTAGEM DE JOÃO DO RIO
Última alteração: 2024-11-19
Resumo
O presente artigo investiga como os textos de João do Rio, produzidos no início do século XX para diferentes jornais cariocas, antecipam marcas do movimento chamado como New Journalism (Novo Jornalismo), surgido nos anos 60 nos EUA, mostrando, portanto, como o jornalista brasileiro, que foi um dos principais nomes da nossa imprensa, foi pioneiro no jornalismo literário de nosso país e do mundo. O trabalho de análise qualitativa dos textos de João do Rio foi realizado por intermédio da pesquisa bibliográfica em livros sobre a vida e a obra do jornalista, sobre jornalismo literário e New Journalism. Por defender e praticar a “arte de flanar” (andar pelas ruas do Rio observando tudo e todos), João do Rio produzia um tipo de texto bastante peculiar, qualificado por seus estudiosos como “crônica-reportagem”. Mesclava elementos do jornalismo com a literatura. Três crônicas-reportagem foram escolhidas para a análise: “Os tatuadores”, “Visões d´Ópio” e “O mendigo original”. Elas trazem marcas de outra característica do jornalista: retratar personagens raramente abordados na imprensa elitista da época. Os textos foram analisados a partir dos quatro recursos sistematizados por Tom Wolfe, no livro “Radical Chique e o Novo Jornalismo” (2005), como marcantes do New Journalism: a narração cena a cena, o uso de diálogos, o registro de detalhes e a narração pelo ponto de vista do personagem.
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