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Motivados pelas profundas transformações urbanas recentes causadas pela relação público-privada em São Paulo, esta pesquisa foca em compreender e analisar transformações na região historicamente conhecida e reconhecida por sua diversidade de usos e vínculo qualificado na conexão entre espaços públicos e privados, o Baixo Augusta. Pertencente a uma pesquisa coletiva que parte das mesmas inquietações e problemáticas urbanas, este recorte busca focar nas envoltórias do grande eixo da Rua Augusta, permeado por âncoras geradoras de fluxos como a Praça Roosevelt, o Parque Augusta e os diversos percursos culturais e de lazer presentes na região. Conhecida por sua infraestrutura plural e sua efervescência sociocultural, a área sempre acolheu múltiplas tribos urbanas. No entanto, as recentes intervenções vêm alterando significativamente a morfologia urbana, comprometendo a vitalidade local e enfraquecendo seu tecido sociocultural. O estudo examina também como as mudanças nas tipologias residenciais, os novos empreendimentos imobiliários e o aumento da população em situação de rua estão impactando a dinâmica dos espaços urbanos, a convivência social e o acesso democrático aos espaços públicos, ampliando a segregação espacial. Além disso, discute como políticas públicas que incentivam empreendimentos imobiliários têm prejudicado a evolução histórica das urbanidades locais. Utilizando uma metodologia de derivas exploratórias e levantamento tipomorfológico dos novos edifícios, busca-se compreender e mapear essas mudanças. Os resultados sugerem que a gentrificação está erodindo o caráter inclusivo e vibrante da região, tornando-a cada vez mais homogênea e voltada ao consumo, em detrimento da diversidade e das práticas urbanas construídas ao longo do tempo

Baixo Augusta, Espaços Públicos, Vitalidade Urbana